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Contar uma história é uma façanha exclusivamente humana. Dessa forma, relatos importantes sobre o mundo foram passados a diante, muito antes da escrita eternizá-los. Muitos deles seguem uma fórmula conhecida como a “jornada do herói”. Você já ouviu falar dela?

Se você prestar atenção na maneira como os roteiros de alguns filmes, apresentações e livros constroem as suas narrativas, perceberá a presença dessa estratégia.

Joseph Campbell foi um importante estudioso que publicou, em 1949, uma obra chamada “O Herói de Mil Faces” explicando os elementos que devem estar presentes em uma boa narrativa.

Ao usar a “jornada do herói” como base para contar uma história, é importante ter em mente que cada etapa da jornada deve ser claramente definida e se conectar à próxima etapa. A história deve ter um objetivo claro e um personagem principal que seja capaz de se conectar emocionalmente com o público.

Quer entender melhor esse tema? Então, leia este artigo até o final!

O início da jornada

Essa batalha será a sua “provação mais difícil”.

Era uma vez uma senhora chamada Maria. Ela estava cansada da sua rotina. Um dia, uma amiga disse para ela: “Maria, por que você não abre o seu próprio negócio”? Ela riu, pois achava que empreender era algo impossível.

Nessas três linhas nós temos três elementos presentes na Jornada do Herói. O primeiro é a ambientação, mostrando que nossa personagem é alguém comum.

O segundo é o “chamado à aventura”, quando nossa personagem é convidada a sair da sua zona de conforto e iniciar sua caminhada rumo ao desconhecido. Além disso, temos a “recusa”. O herói não se sente digno do desafio.

O meio da história

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O “chamado à aventura”.

Maria ficou pensando na ideia de empreender. Então, ela procurou uma amiga que tinha seu próprio negócio. Essa pessoa a aconselhou, dando dicas valiosas e a encorajando. A primeira delas foi: “Todo conhecimento que você adquirir será em vão, se você não confiar na sua ideia!”.

Maria começou a pesquisar sobre empreendedorismo, lendo, assistindo palestras e fazendo cursos. Não foi fácil, pois muita gente querida para ela, como a sua família, dizia que “essa ideia nunca daria certo”. Nossa heroína estava chateada, pois seus maiores inimigos estavam em sua casa.

Nesse ponto da narrativa, percebemos mais alguns elementos citados na obra de Campbell. Um deles é o que o autor chama de “mentor”, uma pessoa mais sábia que aconselha o herói. Quando Maria começa a estudar, ela “rompe o primeiro portal”, ela está, agora, em um mundo totalmente novo.

Na sequência, é apresentado ao leitor os inimigos e desafios que o personagem precisará vencer, uma vez que ele já iniciou a sua jornada do herói.

Rumo à conclusão

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Ela decidiu que ficaria algumas semanas descansando.

Maria não se sentia preparada para transformar sua ideia em realidade. Ela queria desistir de tudo. Foi então que suas amigas sugeriram que ela fizesse uma pausa, para descansar. “Você está cansada e isso é absolutamente normal. Não desista ainda”, elas disseram.

Ela decidiu que ficaria algumas semanas descansando. Sua família não sabia o que ela estava fazendo. Nesses dias, ela se lembrou de todas as vezes em que alguém lhe disse que ela não era capaz de algo, prometendo para si que isso não aconteceria de novo.

Agora, temos mais alguns elementos que devem ser compreendidos. A “caverna secreta” é como o autor chama um lugar amedrontador que esconde um grande tesouro. Ele pode ser literal, como nas histórias de pirata, ou metafórico, como o conflito emocional da nossa personagem.

Para vencê-lo, o personagem principal precisa de uma pausa para treinar, afinal, será uma grande batalha. Essa batalha será a sua “provação mais difícil”, pois tudo pode dar errado!

Maria dá início às atividades práticas para criar o seu negócio (escolha da marca, ponto comercial etc.). Meses depois, sua empresa é inaugurada (spoiler: o negócio foi um sucesso!). Maria alcançou o que Campbell definiu como “recompensa”. Fim da história, certo? Não!

jornada-do-herói_4Maria decide reunir todos os seus familiares para que eles testemunhem o seu sucesso. Ela faz questão de convidá-los pessoalmente, voltando às suas origens.

A conclusão de uma boa história pode levar o personagem à ressurreição (quando ele descobre um novo desafio), ao retorno (quando ele volta ao local em que a história começa para concluir algo) ou ao regresso (quando, ainda que transformado pela jornada, ele decide voltar ao seu local de origem).

Nesse exemplo, você viu os doze passos da jornada do herói (todos em negrito). Essa estratégia é usada em diversos tipos de narrativa, facilitando a compreensão.

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